quarta-feira, 7 de novembro de 2007

OE 2008


ORÇMENTO GERAL DE ESTADO PARA 2008
Falemos então de política, no decorrer do meu post irão entender o porquê de política e não de Política.
Está em discussão e posterior aprovação o Orçamento Geral de Estado para 2008. Está em discussão o futuro dos portugueses no parlamento ou deverei dizer "PARA LAMENTO".
Como tudo na vida, o OE 2008 tem bons e maus investimentos, bons e maus cortes, boas e más políticas. E dele não irei falar muito tendo em conta que nunca se pode agradar a "Gregos e Troianos" e muito menos corrigir de uma vez todos os OE's passados e políticas erradas.
O que pretendo realmente é reagir contra o estado... O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU. Senão vejamos.
O governo com o seu ar distinto e promocional digo de case studies de grandes gurus do marketing apresentou aquilo que achou, e mais uma vez não aprovo nem condeno, o seu OE 2008. A esta apresentação manteve-se a bancada parlamentar do PS calada como o sua postura de aprovação. Quanto a mim erradamente, por certo que existiriam deputados do PS contra alguns items e com dúvidas. Mas manda a disciplina partidária, "falem quando vos pedirem, digam o que vos ordenamos, votem como nós achamos que um dia estarão ao nosso lado". Lindo...
Mas não foram os únicos actores do espéctáculo triste que assisti. Da esquerda para a direita, não voltando a mencionar a bancada no poder, foi um desenrolar de "pavões" que nos seu lugares ou em púlpito falaram eloquentemente, cheios de frases bonitas, cheios de chavões e frases esteriotipadas, cheios de palavras caras demais e matéria a menos.
O BE, partido de luta que em tempos acreditei, pegou no seu líder e pediu explicações ao governo sobre uma alegada transformação do Instituto das Estradas de Portugal em Sociedade anónima de controlo público. A sua pergunta era... "O Sr Primeiro Ministro deu 99 anos de concessão a esta futura empresa que ainda nem criada está". Que grave que isto será quando a Brisa, empresa privada, tem neste momento o mesmo tempo de concessão. Porém o Nosso PM respondeu dizendo que não tinha dado 99 anos de concessão mas que, e estava escrito, a concessão poderia ser "Até 99". Que grende diferença gramatical e de interpretação. E nisto continuaram por mais duas intervenções idênticas. Que grande discussão que ajudou bastante no encontro dos problemas reais do país e dos Portugueses.
Depois veio o partido d'Os verdes, que estão realmente verdes para estarem na Política. Com tanto a dizer, com tanto a criticar, com tanto a duvidarlimitaram-se a uma intervenção pobre e que sinceramente a mim me deixou sem saber o que pretendiam ver esclarecido ou criticar. Enfim talvez seja demasiado burro para os perceber, talvez por serem como são o ambiente está cada dia mais doente.
Depois levantou-se o PCP, partido dos trabalhadores portugueses que mais não falou do que saúde e nos desempregados, por ventura só temos trabalhadores na saúde todos os outros são desempregados. Pois bem, eu acho-os parados no tempo, cheios de velhos do restelo. A eles o governo respondeu com as politiquinhas que tem apresentado sempre a medo de uma implicação negativa nas eleições.
Depois tivémos o Dr. Paulo Portas, Ilustre líder que não voltaría a Política nem ao CDS, mas que voltou e continua por cá a "ajudar" os velhinhos. A única dúvida e crítica que lhes ouvi digan de registo foi que as pensões n iriam aumentar realmente porque os reformados iriam perder poder de compra e quem tivesse mais que 500€ de pensão iria pagar imposto. Ao que o gover voltou com a mesma conversa de comparação com anos anteriores, com os aumentos e com os decréscimos apresentados.
Por fim apresentou-se o PSD, de líder novo, de cara lavada (à gato), de líder parlamentar ilustre (talvez na noite). E que bem que discursavam. No primeiro dia e após um claro delineamento do que deveria ser interrogado pelo seu líder, a bancada não seguiu as directrizes obrigando assim o líder a apresentar-se no segundo dia de trabalhos. Neste segundo dia o líder chegou, atacou com pedras facas e paus, aos berros e claramente excitado pela sua primeira intervenção em assembleia como líder e depois fugiu com medo dos ricochetes dos tiros que lançou. Pois bem fizeram críticas relevantes, com carácter de grande importância para o OE, umas justas outras injustas, uma positivas outras negativas. O governo esse manteve o mesmo discurso anterior.
Assim sempre que a oposição criticava algo justo o governo fugia e falava de medidas positivas. A oposição criticava investimentos, o governo falava dos governos anteriores e dos investimentos anteriores mantendo o seu OE como o melhor. A oposição falava nos cortes e o governo apresentava cortes maiores que o de anos passados. A oposição falava em números e o governo apresentava os seus números acrescidos ou decrescidos, de acordo com a situação, relativamente a anos anteriores.
Enfim um verdadeiro teatro em que todos, ou quase, diziam o mesmo por outras palavras e se contrapunham com ideias controversas. Um show muito triste.
Eu quero reagir e exigir não só ao governo, mas também á oposição e bancada do PS, que deixem de brincar ás políticas, exerçam POLÍTICA. E já agora que me paguem a TV cabo do tempo que vos assisti e o meu tempo que tempo é dinheiro e o espectáculo foi fraco.
Tenho dito...

1 comentário:

Unknown disse...

Alguém me poderá explicar a diferença entre o que está aqui descrito e o que tem vindo a suceder ano após ano, após ano, após ano, após ano,...
Só acresce de dizer que quem se quilha é o ZÉ POVINHO!!

I rest my case...